sábado, 26 de fevereiro de 2011

Conversa da Noite

 Essa noite preferi não sonhar. É graçado como temos a capacidade de tranformar as coisas em furacões, mesmo quando sabemos como funciona. Acho que bebi um pouco mais do que devia, discuti comigo, eu que não sou um bom amigo de mim mesmo.
 
  Alguem disse um dia que somos nossos piores inimigos. Disse certo. Susurrei coisas ao meu ouvido, coisas que eu não queria ouvir, susurrei e ouvi. O vinho argentino desceu nojento, amaciando o cigarro, a unica coisa que eu achei quando cheguei da rua. Mas tudo que eu sentia era que algo me faltava, e eu voltava a me questinar, se eu não estava sendo muito sincero comigo mesmo, mais do que a gente deve ser. A noite traz essas coisas, vontade de refletir, de pensar, de remoer, cortar o pensamento e olhar como funciona, cada maldita engrenagem duma cabeça que não funciona regularmente. Pelo menos a tristesa já não faz mais presente, como era a um tempo atráz, graças a algumas conversas que tive,  fui capaz de olhar pra frente. Pra ser sincero não saberia dizer o que espero, em quem acredito ou o que eu mais prezo, pra ser sincero não sei dizer o que penso, tentando pensar assim mais claramente, mais abertamente.

 Me pego sendo os monstros que um dia eu caçei, queimando fogueiras de juízo, rindo maldosamente por coisas que um dia eu chorei. E me pergunto se devo sentir vergonha disso, se devo abaixar a cabeça e desviar do espelho, ou em encarar com um sorriso sarcástico e dizer que era isso mesmo. Ainda não decidi o que fazer.
  Talvez esse post não acrescente nada em sua vida. Foda-se, eu precisava desabafar.

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